Micoses são doenças causadas por fungos que podem viver no solo, na pele dos animais ou nas plantas e que se instalam na pele ou nos pelos. Todos os animais podem estar sujeito às micoses, sobretudo aqueles que apresentam baixa resistência.
A micose mais freqüente em cães e gatos (também conhecida como ‘Tinha’) é causada pelo fungo Microsporum que é transmitido pelo contato direto ou pelo fato de o animal compartilhar objetos com outro animal já contaminado. Esse tipo de micose pode ser transmissível a outros animais e ao homem.
Existem, ainda, outros tipos menos freqüentes de fungos causadores de micoses: o Trichophyton mentagrophytes que é transmitido através de ratos e o Microporum gypseuum, que contamina o animal ao farejar o solo.
Os sintomas da micose nem sempre existem, apesar de o animal estar contaminado. Entretanto, há sinais da doença quando o cão apresenta perda de pelos com lesões, geralmente arredondadas, cobertas por uma crosta, pele avermelhada ou mesmo algumas lesões avermelhadas no focinho.
Micoses de pele, na maioria dos casos, não causa coceira no animal. O animal se coça por ser alérgico ao fungo causador, o que faz com que, além de se coçar, passe a morder o local afetado.
A doença pode ser diagnosticada visivelmente (quando as lesões são facilmente perceptíveis) ou através de exames realizados pelo veterinário.
Sempre com a supervisão do veterinário, o tratamento das micoses é relativamente simples e os pelos voltam a nascer entre 15 e 20 dias. Nos casos de apenas uma lesão isolada, o tratamento é baseado em cremes e pomadas aplicados no local da lesão. Nos casos em que o animal apresente mais de um local lesionado, quando o uso dos cremes e pomadas prescritos não for suficiente são utilizados antimicóticos ministrados por via oral. Em casos extremos, onde o animal é freqüentemente vítima da doença, vacinas específicas são utilizadas com sucesso.
Dr.Maurício Pires
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