Toxoplasmose

Popularmente conhecida como “Doença do Gato”, a Toxoplasmose não é transmitida apenas pelos gatos, ao contrário do que a maioria das pessoas pensa. Causada pelo protozoário Toxoplasma gondii, a doença acomete vários animais e também o homem.

Sua transmissão pode ocorrer de três maneiras:

1. pela infecção transplacentária (quando a mulher contrai a doença durante a gravidez e a transmite ao feto);

2. pela ingestão de água ou alimentos contaminados por fezes de gatos infectados;

3. pela ingestão e carnes cruas ou mal cozidas (sobretudo as de porco) que contenham as larvas do protozoário.

A maior forma de contaminação da doença, como dito acima, não se dá através dos gatos, e sim pela ingestão de alimentos ou água contaminados ou de carnes cruas ou mal cozidas.

Da mesma forma que ocorre com o homem, o gato pode se portador da Toxoplasmose desde o seu nascimento sem jamais apresentar nenhum sintoma. Ele, gato, somente transmitirá a doença caso esteja contaminado e não esteja em sua saúde perfeita quando, por meio de suas fezes eliminará os ovos do protozoário que, no período entre 1 e 5 dias, poderão infectar outros hospedeiros. Dessa forma, o principal papel do gato na transmissão da doença é a sua possibilidade de contaminar o solo com suas fezes também contaminadas.

O simples contato com gatos, mesmo que contaminados, não transmite a doença. Assim sendo, acariciar, ser lambido, arranhado ou mordido por um gato não é uma forma de transmissão. Para que ela ocorra, é necessário o contato direto com as fezes de um animal doente.

Uma vez contaminados homem e animais (com exceção dos gatos, que raramente apresentam sintomas) podem apresentar alguns sinais clínicos decorrentes da infecção, como febre, ínguas no corpo (principalmente na região do pescoço), aumento de alguns órgãos, transtornos visuais que podem evoluir à cegueira, falta de apetite e algumas disfunções neurológicas.

Não há vacinas para o combate à Toxoplasmose. Portanto, a melhor forma de evitá-la é a não ingestão de carnes cruas ou mal cozidas (principalmente as carnes de porco); não fornecê-las aos animais; manter o ambiente em que os gatos vivem sempre limpos; proteger as caixas de areia para que os gatos não defequem nelas; evitar o contato direto com as fezes de gatos, inclusive dos sadios, recolhendo-as com o auxílio de luvas e pá; controlar a população de ratos, baratas e quaisquer outras formas de possível contaminação de gatos e alimentos.

Dra.Milagros Guadalupe Perera

CRMV 15.742 - milamgp@hotmail.com




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