Torção Gástrica

Situação que representa grande risco à vida dos cães, e mais freqüente em animais de porte grande (entre 2 e 10 anos de idade) e com ‘peito profundo’ como São Bernardo, Dogue Alemão, Pastor Alemão, etc., a Torção Gástrica é a rotação do estômago sobre ele mesmo devido à sua distensão ou dilatação.

Esta dilatação do estômago pode ser causada por vários motivos como, por exemplo, a aerofagia (que ocorre quando, por comer muito rapidamente, o cão ingere ar juntamente com o alimento), a ingestão de alimentos secos, a prática de exercícios físicos antes ou logo após as refeições, a ingestão excessiva de água ou alimentos ou, até mesmo, devido a algum fator genético.

Por trata-se de uma situação de emergência, se os sintomas não forem percebidos rapidamente e o cão não for encaminhado ao veterinário com a mesma rapidez, a torção gástrica pode levar o animal ao estado de choque e até matá-lo em apenas 3 horas. Isso de deve ao fato de que a doença se manifesta pelo acúmulo de gazes no estômago do animal que, não conseguindo expulsa-los, tem o volume do estômago aumentado, o que pode resultar na necrose desse órgão pelo estrangulamento da parede estomacal.

Os sintomas mais freqüentes são: dificuldades para respirar, salivação excessiva, grande presença de gazes, pulso fraco, ânsia de vômito sem que o cão consiga vomitar, palidez das mucosas (olhos e boca), inquietação, aumento dos batimentos cardíacos e até mesmo a perda de consciência.

Uma vez percebidos os sinais, o proprietário não deve tentar ‘salvar’ o animal sozinho, e sim leva-lo o mais rapidamente possível ao veterinário para que sejam prestados os primeiro socorros e, logo após estabilizada a situação, seja dado início ao tratamento mais adequado ao caso.

Também no caso da torção gástrica, a prevenção é o melhor remédio. Assim sendo, deve-se evitar alimentar o cão com grandes quantidades de ração de uma única vez, não permitir que o animal faça exercícios físicos de forma brusca depois das refeições e também em dias de calor intenso e, ainda, evitar a ingestão excessiva de água tanto após os exercícios quanto as refeições.

Dr.Maurício Pires

CRMV 17.207 - mau.pires@bol.com.br




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